terça-feira, 7 de agosto de 2012

Arthur Zanetti é o Medalha de Ouro na prova das argolas

Texto e Fotos: Romulo Seitenfus ____________________________________________________________________________ Ele não nasceu gigante pela própria natureza, mas ficou grande ao ao conquistar a Medalha de Ouro na prova das argolas na tarde de hoje (07). Somando 15,900 pontos na final da prova, Arthur Zanetti, de 22 anos, superou o favorito chinês Yibing Chen, o adversário que o havia derrotado no Mundial de Ginástica do ano passado. Agora aconteceu o contrário, o chinês ficou com a prata e o terceiro lugar, o bronze, foi para o italiano Matteo Morandi. Arthur foi o último a competir na North Greenwich Arena, e encerrou a competição com chave de ouro, ou melhor, a Medalha de Ouro, prêmio máximo do mundial olímpico. Hoje pela tarde, ao conversar com a imprensa em entrevista coletiva na Casa Brasil em Londres, o campeão disse ainda não ter assimilado o processo de ganhar o ouro. - A ficha ainda não caiu. Só vai cair quando voltar para o Brasil. Aí, sim, vou sentir o peso. Por enquanto está tranquilo. Consegui dormir razoavelmente bem. acabei chegando tarde da competição porque tive que dar muitas entrevistas, mas descansei bem. Estou bem tranquilo – conta. Questionado sobre a ausência de lágrimas durante a subida ao pódio, ele explica. - Ser extravagante não faz muito meu estilo. Sou reservado, guardado. Há também um trabalho psicológico para que eu fique concentrado, sem perder o foco na área de competição. Preciso concentrar em mim, na minha mente e no meu corpo – revela. Sobre a estratégia usada para ganhar a medalha, ele explica o objetivo dobrado. - Meu objetivo principal era ser finalista. Consegui isso e depois criei um novo objetivo, que era fazer a melhor competição, a melhor prova e me sentir feliz. A medalha foi consequência – impressiona. Arthur Zanetti já planeja a volta para casa sem incluir descanso. - Já vou voltar treinando. Ainda temos o campeonato nacional pela minha cidade e duas Copas do Mundo. Férias, só no fim do ano, mesmo – afirma o campeão. Fotos: Romulo Seitenfus

Marilson dos Santos fala da expectativa pela prova da Maratona Masculina

Texto e Foto: Romulo Seitenfus ____________________________________________________________________________O maratonista Marilson dos Santos completou ontem, (06), 35 anos e, a comemoração deu lugar aos treinos intensos. Prestes a disputar a prova da Maratona Masculina, ele prepara o tênis para correr a prova de 42,195km, que será realizada no último dia dos Jogos Olímpicos, encerrando a edição Londres 2012. Em entrevista concedida no Crystal Palace, local de treinamento e concentração de boa parte da delegação brasileira, no sul de Londres, ele diz que espera que a prova masculina tenha características diferentes da corrida realizada pelas mulheres, no domingo (05), em Londres. “O percurso da maratona, embora seja plano, é dificultoso. Sabemos que tem diversas curvas, em um circuito com quatro voltas. Acho que a maratona masculina vai ser diferente da feminina. No feminino, tivemos um grupo maior em grande parte do percurso e isso pode não acontecer no masculino. Podemos ter algumas tentativas de fuga e uma prova mais rápida”, analisou. O maratonista, que recebe o benefício do programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, é bicampeão da Maratona de Nova York (2006 e 2008), tricampeão da Corrida de São Silvestre (2003, 2005 e 2010) e Medalha de Ouro nos 10.000m dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011). Marilson treinou durante três semanas em região de altitude, na cidade de Paipa, na Colômbia. Chegou em Londres 12 dias antes da prova da maratona. Segundo ele, passar alguns dias em Londres terá sido essencial para o bem-estar durante a prova. “Esse período que eu cheguei aqui foi o suficiente para aclimatar, sentir essa energia e a temperatura da cidade. Creio que não terei problema com o clima da cidade, justamente por ter chegado antes”, conta. Nos Jogos Olímpicos de Atenas, um ex-padre invadiu a pista de corrida e atrapalhou a prova do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Questionado sobre a possibilidade de isso ser um risco, já que Cornelius Horan mora na capital inglesa e declarou que pretende assistir à maratona no último dia, Dos Santos diz não se preocupar com isso. - Eu acho que aqui ele vai ter um pouco mais de dificuldade. Até por todo mundo conhecer ele. Então não vai ter a vida facilitada como teve em Atenas - espera.

domingo, 5 de agosto de 2012

Adriana Aparecida da Silva completa a prova da maratona feminina em 47º lugar

Texto e Fotos: Romulo Seitenfus ____________________________________________________________________________Adriana Aparecida da Silva, única brasileira a disputar a prova da maratona olímpica feminina, conseguiu concluir a prova disputada neste domingo. Adriana ficou em 47º lugar com o tempo de 2h33min15seg na competição que contou com 118 atletas na largada dada no The Mall sob a famosa chuva londrina. O trajeto passou por pontos turísticos de Londres como o The Mall, St. James Park, Victoria Embanment, Bridge Street, Birdcage Walk, Palácio de Buckingham, Trafalgar Square e Monument, Banco da Inglaterra e trechos pela margem do Rio Tâmisa.   A Medalha de Ouro foi conquistada pela etíope Tiki Gelana, de 24 anos, que venceu a prova com o tempo de 2h23min07seg. O segundo lugar foi para a queniana Priscah Jeptoo, com 2h23min12seg. As duas superaram o recorde olímpico da maratona, que pertencia à japonesa Naoko Takahashi desde os Jogos de Sydney, em 2000, com 2h23min14seg. O bronze foi para a russa Tatyana Petrova, com 2h32min29seg.    A representante brasileira vem de uma família humilde e se emociona ao lembrar quando calçou seu primeiro par de tenis, no início da carreira. - Quando comecei a correr venci um campeonato na minha cidade de Cruzeiro (SP) e a segunda competição foi em Itamonte (MG). Eu havia ganhado R$ 50,00 e falei para a minha mãe que eu precisava com aquele dinheiro comprar um par de tenis porque eu queria começar a correr mesmo. Fico lembrando da primeira corrida em Cruzeiro e hoje estou numa olimpíada – conta. Fã de Zezé di Camargo & Luciano, a corredora tem a canção “O dia em que eu saí de casa” como a música da sua vida. - Acho que tem muito a ver com a minha mãe porque ela fica na cidade pequena de Cruzeiro esperando sempre a minha volta. Essa música tem um significado muito forte, nesta semana eu pensei o quanto é bom estar aqui, é o sonho de todo o atleta – explica. Questionada como seria sua vida hoje se não fosse corredora olímpica, Adriana revela. - Antes de ser atleta eu trabalhava em uma casa de família. Eu pensava que continuaria lá para sempre, nem imaginava que os caminhos se abririam. Quando eu vi a Carmem Oliveira ganhando a São Silvestre, sonhei mesmo em disputar uma grande competição – conta. Foto Romulo Seitenfus

sábado, 4 de agosto de 2012

Jogos Olímpicos Londres 2012: Poliana Okimoto disputará a prova de nataçao no Rio Serpentine

Texto e Fotos: Romulo Seitenfus ___________________________________________________________________________ Após conquistar a prata nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e ter vencido a Copa do Mundo em 2009, Poliana Okimoto chega aos Jogos de Londres 2012 em sua segunda participação olímpica. A nadadora disputa a prova pela primeira vez num rio, o Serpentine - localizado no Hyde Park - na Terra da Rainha. Apesar de se sentir sozinha com a rotina de horários, ela equilibra esse desafio com a companhia do técnico com quem é casada. “Sempre treino sozinha no Rio de Janeiro. Tendo o Ricardo Cintra (técnico e marido) do meu lado, já está ótimo. A rotina de treinos só mudou um pouco em Londres por conta do horário da prova, que vai ser ao meio dia, mas os treinos continuam duplos. Estou tentando descansar para entrar no fuso o mais rápido possível”, conta a atleta. Para ter maior controle e preparação psicológica no dia da prova, ela faz questão de checar diariamente a temperatura do rio. “A temperatura baixa me preocupa um pouco. Se continuar 20 graus está ótimo. Vamos torcer para o tempo continuar firme e estar pelo menos 20 graus, porque na semana passada chegou a 15”, fala. Ricardo Cintra acredita que a água doce pode ser um fator positivo, pois Poliana começou a carreira nas piscinas. Mas segundo ele, a atleta também corre o risco de enfrentar obstáculos ‘naturais’, como os patos que habitam o Serpentine. “Se a Poliana estivesse disputando a prova no mar, com muita marola, ela iria sentir demais por conta das braçadas dela, que são de piscina. Isso é uma coisa que não vamos encontrar por aqui, o que é muito bom. Teremos alguns obstáculos naturais como os patos, que parece que não podem ser retirados. Mas a gente não pode correr o risco de chegar na hora da prova, o pato entrar na frente e atrapalhar algum resultado. Então acho que eles vão dar um jeito de retirar os patos”, almeja o técnico. Poliana disputa a prova da Maratona Aquática no dia 9 de agosto conta que está ansiosa. “Sinceramente eu estou ansiosa mas no Brasil estava bem mais. Agora estou mais tranquila porque estou em Londres. Antes, o evento já havia começado e eu ainda estava lá e a sensação era de atraso. Agora estou bem mais tranquila mas a ansiedade faz parte”.
Fotos: Romulo Seitenfus

Jogos Olímpicos Londres 2012: Hugo Parisi está confiante para disputar a prova no dia 12 de agosto

Texto e Fotos: Romulo Seitenfus ____________________________________________________________________________ O brasileiro Hugo Parisi chega a Londres como uma ameaça ao preferido dos ingleses nos saltos ornamentais. O representante brasileiro que tem causado espectativa entre os londrinos na plataforma de 10 metros desperta comentários sobre a preocupação. O rival de Tom Daley disputará as provas do próximo 10 de agosto e fala com naturalidade sobre essa rivalidade. - Para mim, é indiferente. Onde quer que eu esteja, sei as condições que tenho de saltar, mas para o Daley acho que vai ser mais difícil. Em casa, a pressão é maior, eu estou apenas competindo mais uma vez - conta. Hugo demonstrou ter boa relação com Daley. - A relação entre todos os saltadores é muito boa. Somos uma grande família, o que não acontece em todos os esportes. Nós falamos e confraternizamos em todas as competições ao redor do mundo. Fico feliz pelo Daley, realmente é um talento, um garoto muito novo e já foi campeão mundial, medalhista em competições importantes. Torço por um bom resultado dele, assim como sei que ele torce por mim – fala. Aos 27 anos, o brasiliense chega a sua terceira edição de Jogos Olímpicos, após fazer parte da delegação brasileira em Atenas - 2004 e Pequim - 2008. Com um 32º e um 19º lugares respectivamente no histórico, ele se mostrou satisfeito com o ciclo olímpico realizado nos últimos anos e traçou uma meta para Londres. - Sou muito mais experiente agora, já com uma bagagem boa nas costas. Chego aqui no auge da minha preparação, que já foi excelente e espero conseguir o meu melhor resultado. Vou ficar muito feliz se estiver entre os 12. Acho que estou preparado para isso, apesar de não ser uma tarefa fácil. Preciso estar muito concentrado. Hospedado no centro de treinamento do Brasil, no Crystal Palace, o atleta acorda cedo, segue uma disciplina regrada e treina em contagem regressiva. O saltador está em fase final de recuperação da lesão que sofreu no pescoço em maio, porém o problema não interfere mais as atividades. - Está quase 100%. Ainda sinto um pouquinho da lesão, mas não é nada que me impeça de fazer nenhum movimento. Já faço todos os meus saltos e estou trabalhando forte durante essa semana na fisioterapia. Vai dar para ficar cem por cento - assegura.
Fotos: Romulo Seitenfus

Jogos Olímpicos Londres 2012: Lara e Nayara estreiam hoje no Nado sincronizado

Texto e Fotos: Romulo Seitenfus ___________________________________________________________________________ A dupla do nado sincronizado brasileiro, Lara Teixeira e Nayara Figueira, estreia hoje, 05 de agosto nos Jogos Olímpicos de Londres. Elas competiram em Pequim em 2008, conquistando a 13ª colocação. A dupla declara que está confiante e fala em chegar Ea final. - Estamos visando à final olímpica. Tudo pode acontecer, pois o nosso bloco é muito acirrado. Entrando na final, já brigaremos forte. Não queremos falar em uma colocação específica, mas estamos muito confiantes. Do 8º ao 13º lugar, acho que todo mundo está no mesmo nível - disse Nayara. A dupla repetirá o figurino usado no Pré-Olímpico, disputado em abril. O maiô contém desenhos do coração, artérias, veias e da coluna vertebral, e a touca possui a imagem do cérebro. Há um segundo maiô com estampa assinada pelo artista plástico Romero Britto. A dupla é medalha de bronze dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara - México (2011).
Fotos: Romulo Seitenfus

Jogos Olímpicos Londres 2012: Após passar mal e levar seu corpo ao limite, Caio Bonfim se supera e completa o percurso em 1h24min45s

Texto e Foto: Romulo Seitenfus ____________________________________________________________________________ Caio Bonfim marchou mesmo para cruzar a linha de chegada da competição dos 20km dos Jogos Olímpicos Londres 2012, neste sábado, 4 de agosto. Depois de passar mal no meio da prova, o brasileiro se superou e conseguiu completar o percurso em 1h24min45s, terminando em 39º lugar na marcha atlética. O ouro ficou com o chinês Ding Chen, que fechou a prova em 1h18min46, a prata foi para o guatemalteco Erick Barrondo, com 1h18min57s, e a China faturou ainda o bronze com Zhen Wang, que fez 1h19min25s. Caio, que tem como melhor tempo de sua carreira a marca de 1h21min36s fechou os primeiros 10Km da prova na 26ª colocação, com 40min31, apenas 23 segundos atrás do líder. Porém, na metade do caminho começou a se sentir mal e chegou a vomitar. Encontrou forças para continuar, mas caiu para o 40º lugar, recuperando uma posição nos quilômetros finais. “Houve um momento em que achei que não ia dar para terminar, mas não faz parte do meu estilo parar. Só fiquei com medo de meu corpo reagir de uma maneira que eu não pudesse continuar, achei que poderia cair. Então diminuí um pouco o ritmo para poder terminar a prova, porque achei que merecia isso”, disse Caio, de 21 anos. A dificuldade do percurso e o peso de disputar uma competição olímpica pesaram não apenas para Caio, mas também para grandes nomes da modalidade, como o russo Valeriy Borchin, campeão olímpico e mundial, que chegou a bater numa das grades de proteção do circuito e não conseguiu completar a prova. Caio encontrou forças para cruzar a linha de chegada, mesmo com muitas dificuldades na reta final, mas teve de ser levado ao centro médico do local da competição de cadeira de rodas, sem forças. “O percurso não era fácil e o tempo depende muito do lugar em que você está. Além disso, é uma prova olímpica, então você não sai devagar. Eu já saí forte, saí com todos e fiz os primeiros 10km muito bem, então você acaba forçando muito e levando o corpo ao limite. Foi uma prova de desgaste”, disse Caio. “A marca que eu fiz aqui podia ser melhor, mas me entreguei totalmente, passei mal, cheguei ao limite. Terminei os últimos 100m chorando e depois não lembro mais de nada. Mas estou feliz, vou levar tudo o que aprendi aqui para brigar por um resultado melhor em casa em 2016”. .
Fotos: Romulo Seitenfus